Jung definiu sincronicidade como principio de conexão acasual, sendo que podemos considerar como eventos sincronístico, toda coincidência significativa relacionada a eventos acasual, temporal e aespacial, mas que só pode ser verificado após o ocorrido e/ou toda coincidência significativa relacionada a eventos acasual, atemporal e aespacial e/ou toda coincidência significativa relacionada a eventos acasual, de forma temporal, espacial e com conexão psicologia direta com o individuo. “Todos os fenômenos a que me referi podem ser agrupados em três categorias:

1. Coincidência de um estado psíquico do observador com um acontecimento objetivo externo e simultâneo, que corresponde ao estado ou conteúdo psíquico (p. ex., o escaravelho), onde não há nenhuma evidência de uma conexão causal entre o estado psíquico e o acontecimento externo e onde, considerando-se a relativização psíquica do espaço e do tempo, acima constatada, tal conexão é simplesmente inconcebível.

2. Coincidência de um estado psíquico com um acontecimento exterior correspondente (mais ou menos simultâneo), que tem lugar fora do campo de percepção do observador, ou seja, especialmente distante, e só se pode verificar posteriormente (como p. ex. o incêndio de Estocolmo).

3. Coincidência de um estado psíquico com um acontecimento futuro, portanto, distante no tempo e ainda não presente, e que só pode ser verificado também posteriormente.[1] (JUNG, 2007, § 974).

Nos casos dois e três, os acontecimentos coincidentes ainda não estão presentes no campo de percepção do observador, mas foram antecipados no tempo, na medida em que só podem ser verificados posteriormente. Por este motivo, digo que semelhantes acontecimentos são sincronísticos, o que não deve ser confundido com “sincrônicos“.[2] (JUNG, 2007, § 975. Grifo do autor)”.