Anima – Animus

Anima (lat., “alma”). Inconscientemente, é o lado feminino da personalidade do homem.

Animus (lat., “espírito”). Inconscientemente, é o lado masculino da personalidade da mulher.

A Anima e o Animus são as instâncias contra-sexuais da psique, influindo sobre o princípio psíquico dominante do homem ou da mulher, sendo que, todas as relações com o sexo oposto são afetadas pela projeção, fonte de formação de imagens, e que conseqüentemente, sofrem influências das vivências, equação pessoal, de quem fala sobre o sexo oposto. Correspondem aos arquétipos feminino, no homem, e masculino, na mulher. São orientados para processos internos, assim como a persona para processos externos. São imagens inconscientes funcionando e atuando a partir da psique inconsciente, através de projeções, cujos resultados variam beneficiando ou não a consciência. Possibilitam elos criativos, sendo recursos indispensáveis no processo de individuação, agindo como, verdadeiros, psicopompos. Há, porém, a possibilidade desta projeção tornar-se possessão, apresentando de forma exacerbada, características peculiares ao sexo oposto, de forma proeminente à personalidade dominante.

“Cada homem sempre, carregou dentro de si a imagem da mulher; não é a imagem desta determinada mulher, mas a imagem de uma determinada mulher. Essa imagem, examinada a fundo, é uma massa hereditária inconsciente, gravada no sistema vital e proveniente de eras remotíssimas; é um “tipo” (“arquétipo”) de todas as experiências que a série dos antepassados teve com o ser feminino, é um precipitado que se formou de todas as impressões causadas pela mulher, é um sistema de adaptação transmitido por hereditariedade. Se já não existissem mulheres, seria possível, a qualquer tempo, indicar como uma mulher deveria ser dotada do ponto de vista psíquico, tomando como ponto de partida essa imagem inconsciente. O mesmo vale também para a mulher, pois também ela carrega igualmente dentro de si uma imagem inata do homem. A experiência, porém, nos ensina a sermos mais exatos: é uma imagem de homens, enquanto que no homem se trata de uma imagem da mulher. Visto esta imagem ser inconsciente, será sempre projetada, inconscientemente, na pessoa amada; ela constitui uma das razões importantes para a atração passional ou para a repulsa. A essa imagem denominei anima[1]. (JUNG, 2009, § 203. Grifo do autor)”.


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[1] JUNG, Carl Gustav. O desenvolvimento da personalidade. Petrópolis: Vozes, 2009.

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