Símbolos

O símbolo é a melhor expressão possível para algo desconhecido, oculto, inconsciente, promovendo a ligação do arquétipo com sua própria representação, expressando-se por analogias. E conseqüentemente, faz com que a vida psíquica se transforme e redirecione a energia instintiva que transcende a consciência, dando assim, sentido à vida. Este processo, igualmente, simbólico constitui nas diversas experiências promovidas por imagens arquetípicas, que quando bem empregadas e utilizadas, impulsionam e agregam valor no processo de individuação.

Jung considera todo material trazido por seus clientes, não se atendo a averiguação, no que diz respeito, a veracidade dos conteúdos apresentados, visto que uma vez tido como verdades para psique do cliente, os resultados derivados destas constatações é que devem ser trabalhos em análise, lançando mão de todo o cabedal de recursos disponível, em prol das identificações, interpretações e elaborações, cujos objetivos e resultados, quando não interrompidos, inevitavelmente, conduzem para as necessárias resignificações dos contextos abordados. “Observei muitos pacientes cujos sonhos indicavam rico material produzido pela fantasia. Estes pacientes também me davam a impressão de estarem literalmente cheios de fantasias, mas incapazes de dizer em que consistia a pressão interior. Por isto, eu aproveitava uma imagem onírica ou uma associação do paciente para lhe dar como tarefa elaborar ou desenvolver estas imagens, deixando a fantasia trabalhar livremente. De conformidade com o gosto ou os dotes pessoais, cada um poderia fazê-lo de forma dramática, dialética, visual, acústica, ou em forma de dança, de pintura, de desenho ou de modelagem. O resultado desta técnica era toda uma série de produções artísticas complicadas cuja multiplicidade me deixou confuso durante anos, até que eu estivesse em condições de reconhecer que este método era a manifestação espontânea de um processo em si desconhecido, sustentado unicamente pela habilidade técnica do paciente, e ao qual, mais tarde, dei o nome de “processo de individuação”.[1] (JUNG, 2009, § 400)”.

 


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[1] JUNG, Carl Gustav. Natureza da psique. Petrópolis: Vozes, 2009.

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