Sonhos – Como possibilidades de recados do Inconsciente (Self) para o Consciente (ego).

Cobra X Maça - Linda imagemO sonho tem provocado a curiosidade humana desde a Antigüidade, os avanços científicos do século XX e as descobertas que se prenunciam para o século XXI, principalmente no campo da Física Quântica e da Psicologia, levarão a uma compreensão mais adequada do campo dos sonhos.

Entre outros recursos, através dos sonhos o Inconsciente (Self) manda mensagens para o Consciente (ego). Considerando os sonhos como mensagens ao sonhador, Jung afirma que a consciência tende a rejeitar ou ignorar aquilo que é novo ou desconhecido. Os sonhos devem ser tratados sem suposições prévias e sim como expressões do inconsciente. Sua linguagem é completamente simbólica e nem sempre encontra correlações na cultura do sonhador e/ou raciocino lógico do mesmo. Sua mensagem, portanto, se levada ao pé da letra, nem sempre poderá ser compreendida. E muitas vezes, poderá apresentar conteúdos perturbadores, revelando os mais dramáticos conflitos interiores e, por ser inconsciente, pode levar o indivíduo à ansiedade, à angústia e a estados de humor incontroláveis. Pelo mesmo motivo, podem também, levar o sonhador a estados felizes e ditosos incomensuráveis, aliviando as tensões entre o consciente e o inconsciente.

É importante lembrar que todos sonhamos, todos dias, ou melhor nos períodos que dedicamos ao sono, mas muitas vezes não nos lembramos de nossos sonhos, por questões diversas, e dentre elas está a indiferença que temos por este fenômeno, seja por distração ou por ignorarmos o manancial de recurso que ele pode nos oferecer. Ampliando simbolicamente, todos os personagens, elementos, localizações do sonho, apresentam impreterivelmente, aspectos e conteúdos do próprio sonhador, possibilitando ainda mais os estudos e compressão do si mesmo. Os sonhos são atemporais e aespaciais, relativizando noções de causalidade. Jung dizia que o sonho não é o resultado de uma continuidade da experiência, mas o resíduo de uma atividade que se exerce durante o sono.

Especialmente para os psicoterapeutas, durante os processos analíticos, é possível que através dos sonhos dos clientes possamos estabelecemos diálogos permanente entre o que ele(cliente), conscientemente, não consegue dizer, mas que lhe será extremamente salutar saber, perceber, tomando consciência de suas próprias dinâmicas. Além do caráter pedagógico, os sonhos apresentam também elementos compensatórios e eventualmente premonitórios, mas que nem por isto deixam de se relacionar com o contexto de vida do próprio sonhador, mesmo que o sonho à primeira vista não apresente relação com este.

Falar sobre os sonhos, pois diz de si mesmo, é imensamente benéfico a saúde psíquica do indivíduo. Tanto melhor para aqueles que estão dispostos a empreender um trabalho analítico, ampliando a compressão de seus conteúdos oníricos com um analista/psicoterapeuta. Entretanto, para aqueles que ainda não começaram uma investigação pessoal deste tipo, mas que já tem o mínimo de curiosidade, termino este breve texto sobre o assunto, propondo um desafio!

Ao acordar procure observar se lembra de seus sonhos, pois podem ser mais de um por sono, e/ou ao logo do dia, caso esqueçam de observar pela manhã. E se lembrarem, mesmo que sejam fragmentos, dedique algum tempo para anotá-los ou gravá-los (pode ser no celular mesmo…). E procure comentar sobre eles com pessoas de seu convívio e estimule-as a lembrar de seus respectivos sonhos e compartilha-los também… Na antiguidade, as famílias contavam seus sonhos nas horas das refeições, intuitivamente, lançavam mão deste importante recurso terapêutico para fazer associações com o cotidiano, beneficiando de muitas maneiras suas vidas, seja por refletir mais detidamente sobre uma questão, seja por considerar outra perspectiva abordada por alguém que ouviu seu relato, e/ou por tantas outras possibilidades que possam surgir destes compartilhamentos de relatos oníricos.

 

Rosangela Corrêa – Psicoterapeuta – Especialista em Psicologia Junguiana

E-mail: roapcorrea@yahoo.com – Face: rosangela.apa.correa  –  Cel.: 55(11) 9.9883-4347

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Sobre Psicoterapeuta!

PRÓLOGO(trecho), escrito por Dr. Léon Bonaventure (São Paulo, 10 de outubro de 1996), referente ao livro PSIQUIATRIA JUNGUIANA – Heinrich Karl Fierz 

O Dr. Heinrich Fierz pertence à primeira geração de analistas junguianos, tendo sido aluno, amigo, colega e colaboradorJung-Grafit de C. G. Jung. Estava animado pelo mesmo fogo sagrado, o mesmo entusiasmo daquele que está em busca de um mundo novo. Sem dúvida não foi um mestre igual a outros. Pouco escreveu, mas muitos foram seus alunos que formou como psicoterapeutas. Para ele, ser psicoterapeuta era antes de mais nada uma vocação, um sacerdócio sem confissão específica, mas a serviço da alma.

Para exercer este trabalho não se requeria necessariamente que fosse médico, nem psicólogo com formação universitária, pois o conhecimento de si se adquire em primeiro lugar na experiência da vida, confrontando-se com a própria dialética interior de cada um e na relação com os outros. Normalmente, um analista experimentado é aquele que adquiriu uma verdadeira ciência da alma através da relação com seu próprio mundo interior. É lá que ele conhece na vida e na verdade o que é alma. Com esta perspectiva se explica porque o Dr. Fierz formou muitos psicoterapeutas, não só médicos e psicólogos, mas também outros profissionais de formação universitária como por exemplo pastores de diversas igrejas. O que ele exigia não eram diplomas, pois o hábito não faz o monge, mas cultura, dedicação e certas predisposições naturais, que chamaríamos de dons inatos, qualidades humanas inclusive éticas, e sobretudo um sentido da alma, do símbolo e da individuação.

Sou grato por ter sido seu aluno. A qualidade de vida e a orientação de uma pessoa pode de fato nos marcar profundamente. E este encontro com o Dr. Fierz foi especialmente significativo para minha vida. (…) O Dr. Fierz foi um homem de muitas facetas, mas a imagem que sobretudo me ficou foi a da primeira carta do Taro de Marselha e que também é a última, a do louco. Sendo ao mesmo tempo o que inicia e o que termina esta série de cartas, ele as percorre todas ao mesmo tempo com muita facilidade, sem se identificar com nenhuma delas, pertencendo a si mesmo. Fierz: um louco sábio, ou um sábio louco, não sei.

Fierz sabia ouvir sem nenhum a priori. Foi assim que aprendeu muito do discurso imaginário das pessoas que confiavam nele. O convívio cotidiano com as pessoas tinha muito a lhe ensinar. Viu como estavam intimamente ligadas à loucura, à genialidade e à criatividade. Para compreender o universo de seus pacientes é preciso aceitá-los, amá-los como são, inclusive na sua loucura.

Precisa ser um pouco louco, me disse, para ser psicoterapeuta. Mais vale a loucura do que a mediocridade! Desta última não se pode esperar senão monotonia. Na loucura sempre se está próximo da genialidade. Não foi do caos que tudo se originou e todas as diversas formas de vida? Não foram os esquizofrênicos do Hospital Psiquiátrico de Zurique que permitiram a Jung fazer uma das grandes descobertas da humanidade: o reconhecimento da existência real da psique? Não foram as mulheres histéricas de Paris que permitiram o nascimento da psicanálise freudiana? E no grito histérico, ridículo e grotesco, não estava também o grito definitivo da emancipação da mulher como indivíduo e como mulher? A psicologia moderna nasceu dentro dos hospitais psiquiátricos!

Para compreender seus pacientes é preciso tomá-los a sério no seu drama interior angustiante e se deixar interrogar por eles, pois eles têm algo a nos dizer e que é de grande importância. Mas o questionamento deste só se faz do interior. Deixar-se pegar por dentro pela problemática, sem se perder, permanecendo você mesmo é a arte do verdadeiro médico da alma. O técnico, o mecânico e o veterinário precisam adotar uma atitude científica e objetiva diferente, mais racional, mas o psicoterapeuta precisa, para entender algo da vida da alma, de certo modo participar intimamente da loucura, das angústias, do não-sentido, das contradições, extravagâncias para poder perceber seu sentido subjacente. Assim é que poderá favorecer o desenvolvimento humano da loucura. Humanizar foi a proposta do Dr. Fierz. Ele era um praticista dotado de um sentido de observação perspicaz.

Muitas vezes suas observações podiam parecer banais, até simplistas e não precisando serem tomadas em consideração, mas com o tempo revelavam-se de grande importância. A psicologia analítica, me disse um dia, se exerce primeiro com as ciências naturais que ensinam a observar, a escutar simplesmente olhos da alma, primeiro o exterior e depois o interior. Observa-se antes o todo e depois em detalhes cada aspecto dos detalhes e a relação entre todos os elementos observados. Olha-se de todos os pontos de vista possíveis e deixa-se olhar inclusive pelo que é percebido, sempre com muita paciência, sem a priori, sem teoria, e pouco a pouco o sentido do fenômeno vai se revelando por si mesmo. E este sentido é cheio de vida. De certa maneira nossas interpretações psicológicas são quase científicas e esotéricas ao lado dessa revelação. Embora detestasse qualquer interferência na vida das pessoas que se confiavam a ele, quando tinha adquirido um conhecimento aprofundado da situação em que elas se encontravam ele não hesitava em tomar uma posição. Chamava isto de atitude operacional ou cirúrgica. Com muito sentido de responsabilidade, quando era chegada a hora, sabia, se necessário, colocar-se abertamente, o que não deixava às vezes de provocar certas reações fortes. Esta atitude operacional não era livre de riscos, mas sua prudência, seu sentido clínico, seu conhecimento da psicologia do inconsciente, o amor por seus pacientes, sua visão do todo e de cada elemento, sua arte médica, lhe permitiam, inconscientemente, saber o momento favorável para que acontecesse uma mudança decisiva no desenvolvimento. Suscitava, o que ele mesmo chamava, um ”pequeno milagre”.

O Dr. Fierz era extremamente consciente da tradição médica humanista à qual pertencia. Era um médico, filho de Hipócrates, o pai da medicina, e ao mesmo tempo filho amado de Paracelso. Como verdadeiro discípulo de Hipócrates, deixava-se seduzir por aqueles que o consultavam, e fazendo isto suscitava, sem querer, um movimento recíproco, favorecendo a constelação do poder curativo dos seus pacientes. Entre a constelação e a projeção existe apenas um passo. Fierz, como qualquer terapeuta, precisava carregar por um tempo as projeções de seus pacientes, sem se identificar com elas. Porém, ”nós não curamos ninguém, me disse um dia; somos apenas felizes catalizadores de um processo curativo. Isso é nosso trabalho e nossa função”.

Meu último encontro com o Dr. Fierz foi numa sexta-feira santa e durou das 14 às 20 horas. Durante as primeiras quatro horas ele me falou da maneira como viveu sua longa enfermidade com as diversas intervenções cirúrgicas. Nunca esquecerei da consideração, inteligência e aceitação com que lidava com as imagens interiores, e do sentido profundo que o espírito do inconsciente tinha para ele. Mesmo que escutasse com atenção e interesse não entendia aonde ele queria chegar. Só de repente depois de quatro horas, é que me perguntou como eu ia. Comecei a rir, respondendo-lhe que ele acabava de responder, sem querer, a todas as minhas perguntas. Este homem tinha um dom extraordinário de estar presente ao outro, de captar o inconsciente, o que estava no ar. Assim, falando de si mesmo, tinha ao mesmo tempo falado ao mais profundo de mim. Saí de sua casa com sensação de que um ciclo tinha se acabado: a projeção tinha sido retirada dele e integrada em mim. Como ele, eu devia daqui para frente consultar meu próprio psicoterapeuta interior e fazer sozinho meu caminho.

Fierz dava a mão esquerda ao mundo simbólico, a começar pelo universo de Paracelso, a alquimia, o astrologia, os gnósticos, Goethe, mas também de Fénelon, Bossuet, Montaigne e nossos filósofos e poetas modernos, um universo rico de conhecimentos psicológicos; sua mão direita dava à psicopatologia moderna, à psiquiatria e à psicofarmacologia.(…)

Rosangela Corrêa – Psicoterapeuta – Especialista em Psicologia Junguiana   roapcorrea@yahoo.com

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Na busca de sua alma e do sentido de sua vida…

Texto extraído da introdução à coleção “AMOR E PSIQUE”.

Na busca de sua alma e do sentido de sua vida, o homem descobriu novos caminhos que o levam para a sua interioridade: o seu próprio espaço interior torna-se um lugar novo de experiência. Os viajantes destes caminhos nos revelam que somente o amor é capaz de gerar a alma, mas também o amor precisa da alma. Assim, em lugar de buscar causas, explicações psicopatológicas às nossas feridas e aos nossos sofrimentos, precisamos, em primeiro lugar, amar a nossa alma assim como ela é. Deste modo é que poderemos reconhecer que estas feridas e estes sofrimentos nasceram de uma falta de amor. Por outro lado, revelam-nos que a alma se orienta para um centro pessoal e transpessoal, para a nossa unidade e para a realização de nossa totalidade. Assim a nossa própria vida carrega em si um sentido, o de restaurar a nossa unidade primeira.

Finalmente, não é o espiritual que aparece primeiro, mas o psíquico, e depois o espiritual. É a partir do olhar do imo espiritual que a alma toma seu sentido, o que significa que a psicologia pode de novo estender a mão à teologia.

Esta perspectiva psicológica nova é fruto do esforço para libertar a alma da dominação da psicopatologia, do espírito analítico e do psicologismo, para que volte a si mesma, à sua própria originalidade. Ela nasceu de reflexões durante a prática psicoterápica. É uma nova visão do homem na sua existência cotidiana, do seu tempo, e dentro de seu contexto cultural, abrindo dimensões diferentes de nossa existência para podermos reencontrar a nossa alma. Ela poderá alimentar todos os que são sensíveis à necessidade de pôr mais alma em todas as atividades humanas.

A finalidade da presente coleção é precisamente restituir a alma a si mesma e ”ver aparecer uma geração de sacerdotes capazes de entender novamente a linguagem da alma”, como C.G. Jung o desejava.

Léon Bonaventure

Rosangela Corrêa – Psicoterapeuta – Especialista em Psicologia Junguiana

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Em tempos de conclave…. indicação de filme e convite à reflexão de nós mesmos.


Filme: Habemus Papam… Já pela sinopse achei que o filme era interessante…. Trata-se de uma comédia sem grandes aventuras, alias é quase parado…, mas aborda conteúdo bastante intenso. Para os tiverem possibilidade, não deixem de assisti-lo, e de preferência prestando atenção nas mensagens subliminares…

“Habemus Papam – Diretor: Nanni MorettiHabemus Papam

Sinopse: Após a morte do Papa, o conclave do Vaticano se reúne para escolher seu sucessor. Após várias votações, enfim há um eleito. Os fiéis, amontoados na Praça de São Pedro, aguardam a primeira aparição do escolhido, mas ele não vem a público por não suportar o peso da responsabilidade. Tentando resolver a crise, os demais cardeais resolvem chamar um psicanalista para tratar o novo Papa.

São muitos os aspectos abordados… É visível o conflito entre persona e sombra do Papa, que humanamente se depara com a dimensão e dificuldade em lidar com projeção atribuída a ele. Em contra partida, podemos observar o seleto grupo de cardeais comportando-se como massa de manobra, permitindo-se iludir, por exemplo, com os acenos da janela, executado por um “bobo da corte” para distraí-los. Podemos observa também, um analista, que se submete a circunstâncias inadequadas de trabalho, inebriado por sua vaidade narcísica e fugindo de lidar com suas próprias feridas internas… entre outros aspectos…

Faço um convite a reflexão: Salva as devidas proporções, podemos nos ver e muitas situações em nosso cotidiano, sendo quase que coagidos a assumir papeis que não queremos e/ou que não nos cabe, seja quais forem as razões…. E obviamente, em outras situações somos nós que assumimos o papel de algozes, coagindo terceiros…

Como diz um querido amigo: “Isso nos faz pensar que somos feitos das escolhas que fazemos e que, na maioria das vezes, por detrás delas estão nossos complexos e a sombra, afastando-nos do verdadeiro sentido da vida.”.

Bom Filme, e principalmente muitas Reflexões!!!

Rosangela Corrêa – Psicoterapeuta – Especialista em Psicologia Junguiana

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Psicoterapia – Reflexões e entendimentos sobre si!

 

Morte simbólica - PngO objetivo é a tomada de consciência. Na medida em que vivemos, inevitavelmente estamos inseridos em uma constante dinâmica de trocas com maior ou menor intensidade afetiva, viabilizando a formação de vínculos construtivos e/ou destrutivos, inerentes ao processo evolutivo de todo o ser humano. Entretanto, estas trocas sejam no âmbito material e/ou imaterial, acontecem tanto de maneira consciente como de maneira inconsciente, e afetamos e somos afetados muitas vezes sem a percepção e a dimensão do contexto onde estamos inseridos. Consequentemente, nos identificamos e absorvemos as experiências vivenciadas adquirindo e desenvolvendo capacidades e habilidades, assim como traumas e pré-conceitos. E invariavelmente os conflitos e queixas decorrentes destas dinâmicas são manifestados em sintomas, que nada mais são que indicadores de desequilíbrios emocionais, psíquicos e/ou físicos, muitas vezes desencadeados por padrões destrutivos de comportamentos, pensamentos e/ou sentimentos nas mais diversas áreas do contexto humano.  

Normalmente, as sessões de análise acontecem em períodos de 50 minutos semanal ou quinzenalmente, onde o cliente trás questões/situações para trabalharmos de forma integral. O trabalho do analista consiste em acolher, mediar e estimular o cliente através da escuta, dos questionamentos, das reflexões e ponderações que por vezes, provocam confrontamentos de informações e idéias, ampliando posicionamentos e conceitos iniciais. E paralelamente ajuda o cliente no atravessamento desse processo de conscientização, entendimento e resignificação das próprias dinâmicas existenciais, decorrente do contato com seus conteúdos inconscientes, que obviamente possibilita e viabiliza a ativação do respectivo curador interior do próprio cliente.

O processo analítico acontece do dialogo entre analista e cliente, dentro de um consultório ou “set terapêutico”, e que podemos entender como um local sagrado por oferecer segurança, sigilo e estimulo para falar de si, de questões pessoais, de pontos de vista aberta e sinceramente.

Basicamente a psicoterapia com orientação junguiana, também conhecida como psicologia profunda ou psicologia analítica, destina-se as pessoas que buscam um melhor entendimento de si mesmo(Self), assim como sua interelação com o meio em que está inserido, seja em dinâmicas de contexto: Familiar; Amor/Romance; Profissional/Atividade Ocupacional; Religiosidade/Sagrado/Espiritual; Socioeconômico; e/ou Físico/Corpo.  

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Minha vida, na outra vida (Yesterday´s Chindren)

Minha vida na outra vida

O filme aborda o tema reencarnação, assim como, acessos a vidas passadas, inclusive com orientação de terapia especifica. Entretanto, nossa abordagem não se restringirá a defesa desta idéia, mas sim de que há grande gama de elementos e recursos em prol do processo de individuação. Portanto, não importa o nome que se dá: lembranças de vidas passadas, existências anteriores, espíritos, personalidades dissociadas ou associadas, este último conforme conceitos apométricos, ou complexos autônomos do inconsciente coletivo, como se refere Jung. O fato é, existem elementos, com mais ou menos autonomia, capazes de interferir direta e/ou indiretamente na vida do individuo, e tanto mais fácil e ostensiva são estas interferências, quanto maior a ignorância e/ou negligencia do mesmo, em relação às possibilidades destas ocorrências.

Minha vida, na outra vida (Yesterday´s Chindren), é inspirado na história real de Jenny Cockell, registrado no livro autobiográfico, cujo nome é o mesmo do filme. Descreve a história de uma mulher que aos 42 anos, casada, mãe de um jovem de 17 anos que pretende, no ano seguinte, ingressar em um curso universitário longe de sua residência, descobre-se grávida de poucas semanas, e intrigada, num primeiro momento, por sonhar recorrentemente com uma família irlandesa. Estes sonhos, como são inicialmente chamado por Jenny, ganham autonomia e passam a interferir direta e indiretamente em sua vida pessoal e profissional, e conseqüentemente, também na vida de sua família.

    *** Leia mais:… clicando nos subitens disponíveis na pasta <Filmes>, <Minha vida, na outra vida (Yesterday´s Chindren)>

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Olá Prezados!

Nosso objetivo, neste veículo de comunicação, é divulgar e motivar a utilização da Psicoterapia, visto que muitos desconhecem sua finalidade. Alguns acreditam que só se utiliza este recurso quando se está “louco” e/ou absolutamente perturbado por questões diversas!

Entretanto, as práticas das psicoterapias objetivam a tomada de consciência dos respectivos conteúdos e dinâmicas de vida dos indivíduos, que por vezes estão tão imersos nos padrões “normóticos” da sociedade e/ou meio em vivem, muitas vezes inconscientes dos padrões destrutivos que experimentam.

As palavras ANÁLISE, PSICOTERAPIA, PSICOLOGIA, TERAPIA, entre outras do gênero, são vistas com bastante resistência por muitas pessoas, por simplesmente associarem terapias com problemas, ou análise como uma coisa temerosa, ou por acreditarem que não conseguem ou não devam tratar – com pessoas desconhecidas(terapeuta) – de assuntos pessoais, que por vezes são bastante densos e intensos, quase inconfessáveis a si mesmos…

Mas invariavelmente, quando estes assuntos são trazidos a baia, à luz da consciência, é que é possível dimensionar o real tamanho do problema ou dificuldade… E que também invariavelmente, são muito menores do que supúnhamos…

Na medida em que falamos aberta e sinceramente de nossas mazelas, diminuamos gradativamente a autonomia que elas exercem em nossas vidas… E este trabalho de expansão da consciência, através dos aspectos trabalhados no processo terapêutico em um espaço onde o indivíduo possa ter um diálogo e/ou uma reflexão sobre si no mundo e na vida, consequentemente amplia suas disposições, cuja importância reflete sobre sua atuação como profissional, como cônjuge, como membro familiar, como amigo, como cidadão, como ser humano, enfim!

Nosso trabalho aqui será levar algumas informações sobre o tema, seja com textos elucidativos de autores respeitados e estudados, assim como textos de cunho pessoal e de parceiros. Além de apresentações de ampliações simbólicas de materiais e conteúdos à luz da psicoterapia, criando respectivamente possibilidades analógicas com algumas dinâmicas de vida dos leitores.

Esperamos contribuir e motivar inúmeras reflexões e entendimentos em torno de si e de nós mesmos, resignificando, quando necessário, idéias, pensamentos, sentimentos, comportamentos e pré-conceitos, ampliando as possibilidades de bem-estar de todos, sem a intenção ou pretensão de ditar caminhos ou formulas prontas de sucesso pessoal, pois somos indivíduos com disposições e responsabilidade pessoais, indelegáveis no que tange nossas escolhas e/ou decisões em nosso cotidiano continua e fluidicamente.

Opiniões, Contribuições, Sugestões, Observações e Correções serão sempre bem-vindos para reflexões e possíveis ajustes nos materiais publicados. Portanto, desde já agradeço a participação de todos!

Rosangela Corrêa

Psicoterapeuta – Especialista em Psicologia Junguiana